A caminhonete vinha lá da cidade grande, onde nem se ouvia o canto dos pássaros. As árvores tinham folhas verdinhas verdinhas, mas ninguém sentava na sombra dela pra sestear. Todo mundo vivia ocupado e não tinham tempo nem para almoçar direito. Assim, todos os primeiros domingos do mês a família da cidade grande da Dona Mariana e do Seu Pedro ia até a fazenda para o tradicional almoço de domingo.
As crianças gostavam muito de jogar bola naquele campo gigante onde não se enxergava o fim, só a cerca que separava uma propriedade da outra. E a mãe não ficava gritando lá da cozinha para não jogar a bola para fora da grade. Tudo era mais fácil. Só nos domingos por que a Dona Mariana e o Seu Pedro acordavam com os galos e dormiam com o entardecer, os velhos não adoeciam, e tinham medo do barulho da cidade grande. A filha preocupada com os pais sempre queria que eles fossem morar com a família.
Nos feriados eles ficavam na fazenda até tarde, na hora do café da tarde, com bolo de fubá para os adultos e bolo de cenoura com cobertura de chocolate para as crianças, o menino travesso sempre colocava mais açúcar no leite da vaca, quando a mãe não via. A Vó enxergava, dava uma piscadela para o menino e fingia que não tinha visto nada. Vó é assim mesmo, mamão com açúcar.
Depois, as crianças cansadas de correr pelo campo iam sestear na sombra da árvore bem gigante. Vovô tinha prometido transformá-la em uma casa da árvore, mas era um segredo, não podia contar para ninguém, a mamãe não ia deixar, dizia ela que o Vovô era muito velho e não podia ficar se esforçando tanto. Depois de descansar todos iriam voltar para a cidade grande, a velha Mariana iria ficar abanando até o carro sumir na estrada e pensando no que faria no próximo almoço de domingo.
Quando a família da cidade grande chegasse à casa todos iriam se deitar, e as crianças ainda com o gosto da cobertura na boca iriam brigar para não escovar os dentes. A mãe exausta diria que se eles não escovassem os dentes, pela noite formigas iriam se alojar em volta de suas bocas para comer a cobertura. As crianças assustadas corriam pela casa até o banheiro para escovar os dentes, o menino travesso escovaria muito muito para as formigas não vir, porque ele tinha colocado mais açúcar.
No meio da noite, enquanto, o papai trabalhava no escritório e a mamãe lia um livro no quarto, o menino travesso gritava tendo um pesadelo com bicho papão e duendes verdes bem da cor das árvores. O pai que estava no cômodo ao lado corria pelo corredor, tal como as crianças com medo das formigas. Acordava o menino travesso, suado do pesadelo e perguntava o que ele tinha sonhado. O menino contava ao pai, que estava resolvido a contar uma história para o filho dormir.
_Dorme filho._ O pai respira e começa a contar a história que sua mãe contava para ele, que tinha o mesmo medo de bicho papão e duendes_Era uma vez um menino chamado João e sua irmã Maria, que moravam em uma casa perto da floresta....
5 comentários:
oh, que adorável! de verdade, muito fofo!
mt boom *-*
baah me lembra mto daas parada d quando era mandinha *-* sempre fui a neta masi complicada ! euaeu' mto lindo amandaa *-*
pois bem!!!!!!!adorei!!!bem diferente das outras crônicas,suave,infatil em fim doce!mas não adiante tú escreve dramas muito bem!e parabéns pelo novo blog,deixa bem explicita a tua pesonalidade d escritora!!!!!!
ameeeei *-* mt meigo , lembrei de quando tinha 9 anos , meu passeio dominicais na roça :D
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